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SentirAilha

Viva! Este é um espaço de encontro, interconhecimento e partilha. Sentir a ilha que cada um é, no mar de liberdade que todos une e separa... Piedade Lalanda

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Viva! Este é um espaço de encontro, interconhecimento e partilha. Sentir a ilha que cada um é, no mar de liberdade que todos une e separa... Piedade Lalanda

Recomeçar

Nada como um novo ano para recomeçar, reagendar, renovar e repensar.

Faz todo o sentido que ponhamos o prefixo “re”, atrás de tantos verbos que ficaram ou estão em “pausa”, à espera de melhores dias. Reorganizar a gaveta, recomeçar um trabalho deixado para trás, retomar as idas ao ginásio ou aquele propósito de perder peso, tantas vezes iniciado.

Podemos sempre pensar em “re...”, e acreditar que é possível, é desta.

Um ano novo é sempre o abrir da agenda e um virar de página, sobre um calendário em branco, à espera de ser preenchido. Uma oportunidade para olharmos a vida com esperança e retomar projetos pensados, interrompidos ou adiados. Não importa se é uma camisola de malha, que foi deixada para um canto, um livro que paramos de ler ou uma “escapadinha” que vimos a adiar há meses.

Retomar algo que foi interrompido é como pegar nos fios que tecem a vida e dar-lhes forma, organizar o tempo e aumentar a coesão da nossa existência, quantas vezes estilhaçada. É o emprego de um lado, a família do outro, os amigos que não vemos, o lazer que reduzimos por falta de tempo, os lugares que ainda não descobrimos e as atividades que não priorizamos.

Hoje é um ótimo dia para pôr tudo na agenda, marcar objetivos e reerguer a vontade de os concretizar. No mercado livreiro, não faltam obras de “autoajuda” que “propõem” modelos e estratégias para vencermos a tentação de desistir de nós mesmos. Afinal, nenhuma dessas obras tem a solução perfeita, porque são escritas para a generalidade dos leitores e não nos conhecem, como nós próprios.

Porque adiamos? O que receamos? Quais as razões porque não fomos até ao fim dos nossos propósitos do ano anterior? Na maioria das vezes porque tememos a opinião contrária dos outros, antecipamos uma avaliação negativa e uma quantidade imensa de dificuldades a superar ou a incerteza de conseguirmos concretizar. Não há como saber se vai dar certo ou não, se não experimentarmos.

Afinal, fazer propósitos, formular desejos, é sinónimo de querer viver com sentido.

E é exatamente aí que reside a magia do novo ano, podemos renovar a nossa procura de sentido, aumentar a nossa atenção aos detalhes e oportunidades. A vida pode nos surpreender e as pistas para chegarmos à meta podem estar disfarçadas em situações que não prevíamos. Aquela pessoa que nos saúda no autocarro ou o convite que recebemos para sair de casa, o livro que finalmente acabamos de ler ou a compra dos materiais para, finalmente, darmos asas à criatividade, na música ou na pintura, na arte de escrever ou de tricotar.

Não há receitas, nem certezas que nos façam “atinar” com a vida.

A única garantia que temos para 2023 está dentro de nós mesmos, na necessidade de fazermos coisas com sentido, que nos façam crescer e não sejam apenas “tendências” ou “modas” impostas por outros, que não nos dizem nada, mas que seguimos para não ser diferentes.

Um ano novo é tempo para cuidarmos de nós, dessa pessoa linda que mora dentro do nosso coração e que nos anima, nos dá alma e espírito de luta e vontade.

A força da alegria e do bem está dentro e não fora de cada um de nós.

Por isso, neste ano, que agora começa, vamos desejar ser a melhor versão de cada um de nós... e, de certeza, o ano nos irá trazer, momentos excelentes. E, quando isso não acontecer, estaremos preparados para recomeçar.

(texto publicado no jornal Açoriano Oriental de 3 janeiro 2023)

 

É tempo de balanço

Fecho de contas,

virar de página.

É tempo de dizer adeus ao ano velho

e saudar 2008 que em breve nasce.

É tempo de cortar com todos os vícios,

de sonhar todos os sonhos

e desejar.

É tempo de esperança

de fazer promessas e novos planos.

Tempo de reorganizar agendas e

reanotar aniversários.

Afinal, mais um ano passou

e, por mais que isso nos custe,

estamos mais velhos.

Mas se uns partem, outros chegam

e este será o primeiro ano

para a geração que tomará o testemunho

do mundo que agora construímos.

É tempo de balanço,

de fazer contas à vida e avaliar,

terá valido a pena o modo como vivemos

e tudo o que fizemos até hoje?

Não será tarde para mudar,

corrigir a rota e balizar a vida de outra forma?

Um novo ano, um novo primeiro dia é uma porta que se abre!

Uma luz que se acende, ténue chama que ilumina

e acorda os adormecidos.

Nunca é tarde para recomeçar,

se o que falta fazer é perdoar.

Nunca é impossível, basta acreditar.

 

Nunca é tarde para aprender e para experimentar viver

de outro modo,

e olhar de outro prisma.

Nunca é tarde,

e amanhã pode ser o dia,

O primeiro dia do resto da vida de cada um,

um novo capítulo para escrever.

Nunca é tarde para reconhecer

os erros, as rotinas doentias, os desperdícios.

E, amanhã é o primeiro dia

de um ano, onde tudo pode ser renovado.

Amanhã começa 2008

e, quando for meia-noite,

cada um de nós receberá um cheque de 365 dias para gastar,

um tempo para investir

e rentabilizar.

Cabe a nós escolher como queremos viver

esta nova oportunidade

para ser, ou tentar ser.

Quem sabe,

Melhor!

(publicado no Açoriano Oriental de 31 Dezembro 2007)

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