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SentirAilha

Viva! Este é um espaço de encontro, interconhecimento e partilha. Sentir a ilha que cada um é, no mar de liberdade que todos une e separa... Piedade Lalanda

SentirAilha

Viva! Este é um espaço de encontro, interconhecimento e partilha. Sentir a ilha que cada um é, no mar de liberdade que todos une e separa... Piedade Lalanda

É tempo de balanço

Fecho de contas,

virar de página.

É tempo de dizer adeus ao ano velho

e saudar 2008 que em breve nasce.

É tempo de cortar com todos os vícios,

de sonhar todos os sonhos

e desejar.

É tempo de esperança

de fazer promessas e novos planos.

Tempo de reorganizar agendas e

reanotar aniversários.

Afinal, mais um ano passou

e, por mais que isso nos custe,

estamos mais velhos.

Mas se uns partem, outros chegam

e este será o primeiro ano

para a geração que tomará o testemunho

do mundo que agora construímos.

É tempo de balanço,

de fazer contas à vida e avaliar,

terá valido a pena o modo como vivemos

e tudo o que fizemos até hoje?

Não será tarde para mudar,

corrigir a rota e balizar a vida de outra forma?

Um novo ano, um novo primeiro dia é uma porta que se abre!

Uma luz que se acende, ténue chama que ilumina

e acorda os adormecidos.

Nunca é tarde para recomeçar,

se o que falta fazer é perdoar.

Nunca é impossível, basta acreditar.

 

Nunca é tarde para aprender e para experimentar viver

de outro modo,

e olhar de outro prisma.

Nunca é tarde,

e amanhã pode ser o dia,

O primeiro dia do resto da vida de cada um,

um novo capítulo para escrever.

Nunca é tarde para reconhecer

os erros, as rotinas doentias, os desperdícios.

E, amanhã é o primeiro dia

de um ano, onde tudo pode ser renovado.

Amanhã começa 2008

e, quando for meia-noite,

cada um de nós receberá um cheque de 365 dias para gastar,

um tempo para investir

e rentabilizar.

Cabe a nós escolher como queremos viver

esta nova oportunidade

para ser, ou tentar ser.

Quem sabe,

Melhor!

(publicado no Açoriano Oriental de 31 Dezembro 2007)

O lado sombra da política

Vamos entrar num ano de eleições regionais e os comentários fazem-se sobre o lado visível da actividade política, as obras, as inaugurações, os anúncios, os eventos e tudo o que possa fazer aparecer.

Aparecer, assinar por baixo, chegar-se à frente na fotografia e anunciar a todos os ventos, "fiz" ou "vou fazer" são atitudes de quem busca a todo o preço afirmar o que é ou sobretudo o que não sendo pode fazer parecer.

É uma questão de marketing, dirão alguns. Numa sociedade de consumo tudo se compra e tudo se vende. E os políticos não são excepção.

Infelizmente, tal como os produtos que se compra pela aparência, há quem procure políticos consistentes, coerentes, que tenham razões e justifiquem de forma adequada as opções que tomam. Muita publicidade pode não ser a melhor forma de se afirmar, se o que se mostra é uma imagem de vento, insuflada em mania de grandeza. Imagem de fachada, máscara de papelão. Mas como descobrir a ilusão se tudo parece ser tão verdadeiro, tão bem pensado?

Importa conhecer as pessoas fora dos palcos do espectáculo, quando a educação deveria emergir, na relação com os subalternos, no trabalho de equipa, na família ou com os colegas.

Fora do palco, os políticos de fachada mostram a inconsistência das atitudes.

No lado sombra da política, os verdadeiros políticos brilham, os falsos  são figuras apagadas.

Infelizmente há sempre quem se deixe contagiar pela lógica do "usa e deita fora", pouco exigentes com a qualidade, pouco preocupados com razões, ferozes consumidores de imagens e momentos.

P.Lalanda

Natal de todas as infâncias…

…das que acontecem agora e das que se recordam entre nuvens de memória, entre recordações amarelecidas pelo tempo. Natal que nos transporta para casas do passado, relembra pessoas que já partiram, lugares perdidos, rituais que se repetem, como um filme que nunca nos cansamos de ver.

Natal de todas as crianças, das pequenas no tamanho e das que habitam o coração dos adultos, das que acreditam na simplicidade e são capazes de sentimentos genuínos.

Natal de todas as idades, de todos os tempos, lugares e culturas, tempo para nascer ou renascer, início de um ciclo que outro encerra. Tempo de transição, lugar de união, Natal é sempre tradição ou transmissão.

Natal igual e diferente em cada casa, em cada família.

Natal do bacalhau ou das filhoses, das rabanadas ou do arroz doce. Natal onde se fundem e se renovam tradições familiares.

Natal das luzes ou simplesmente da lareira, das árvores de plástico ou das que cheiram a cedro, do Menino Jesus ou do Pai Natal; Natal das prendas caras ou dos presentes feitos em casa.

Natal fantasia, magia de todas as crianças que acreditam num ser maior, envolto em mistério, que entra nas casas, não se sabe bem como, e traz prendas num saco vermelho.

Natal que provoca sentimentos fraternos, agita corações e faz pensar nos amigos e familiares que não vemos há meses ou até anos.

Natal da minha infância, dos sacos com géneros, distribuídos às famílias mais pobres da paróquia, porque a solidariedade se torna exigência nestes dias de festa, sinal de que todos reconhecemos as desigualdades que ainda perduram.

Quer se acredite ou não, quer se saiba porque se faz o presépio ou simplesmente se goste de ver as luzes da árvore a brilhar, precisamos deste tempo, que apela à solidariedade e à partilha, que nos obriga a pensar nos que estão sós e esquecidos. É uma janela que se abre no calendário, para deixar entrar o ar da paz que brota da união e que apela à reconciliação, ao reencontro. Afinal é Natal, tempo de renovar e recomeçar; tempo de alianças e aproximações.

Natal de todas as infâncias, de todas as crianças, das que já passaram e das que agitam as casas, esperando ansiosas ou até receando, a vinda do tal homem velho que os adultos dizem ter visto passar por perto, sentado num trenó puxado por renas. Fantasia desses adultos que já não se lembram da história do menino Jesus.

Natal, tempo para pensar e reflectir sobre quem somos, olhando as figuras do presépio onde se contam histórias de pastores, os reis magos ou daquela lavadeira que insiste em esfregar a roupa na ribeira, curvada sobre a pedra, alheia ao cantar do galo, empoleirado na gruta, indiferente ao brilho da estrela que guiou três reis até junto de uma manjedoura.

Natal é tempo para ser diferente, não para disfarçar mas para assumir, não para adiar aquele abraço, mas para sentir.

Afinal, dentro de um adulto permanece uma criança que acredita no bem, que uns fazem questão de embrulhar em papel de oferta e outros oferecem de forma gratuita, sem nada pedir em troca.

Natal é tempo de aproximação, de postais ou das mensagens recheadas de votos e de esperança.

A todos os leitores deste jornal, de modo especial aos que dedicaram uns minutos a ler este texto, votos de um Natal diferente, mais sentido e melhor vivido; recheado de cheiros e sabores, de memórias renovadas e recriadas.

 (publicado no Açoriano Oriental a 24 de Dezembro 2007)

Igualdade

Está prestes a terminar o ano que a Europa dedicou à Promoção da Igualdade de Oportunidades para Todos, apesar deste ser um tema de reflexão e debate para uma década ou até mais.

A palavra igualdade assusta, gera controvérsia e até pode ser polémica. Dizer que se vai tratar todos como iguais provoca reacções e vozes contrárias. Como dirão alguns, é bonito falar de igualdade, mas infelizmente “há uns que são mais iguais do que outros”.

A igualdade nunca pode ser entendida como semelhança absoluta. Falar de igualdade é reconhecer um princípio de garantia de acesso. Acesso igual em termos de direitos e oportunidades, ou seja, igualdade perante a lei, na dignidade e no respeito pela individualidade.

Não é difícil apontar as diferenças que nos fazem viver afastados uns dos outros, basta pensar nas zonas de residência, na escolha das escolas, dos restaurantes ou espaços de férias. Afirmamo-nos como diferentes pelo emprego, pelo género ou pela idade, pela classe a que supostamente pertencemos, pelo grau de conhecimentos ou simplesmente pelo valor dos bens que adquirimos. Por isso, não é difícil encontrar diferenças.

Infelizmente, esquecemos o facto de todos nascermos e morrermos de forma idêntica, como seres humanos, dotados de um nome, de uma identidade e de uma vida finita. Perante a morte somos todos iguais.

Consagrar um ano à promoção da igualdade não fez mudar o mundo. No entanto, espera-se que tenha sido um alerta para diferentes formas de desigualdade, nomeadamente as de género, lembrando por exemplo, que ainda hoje, há empresas que recompensam os pais, homens, por não faltarem ao emprego para ir ao médico ou à escola dos filhos.

A igualdade não é uma questão de resposta meramente jurídica, nem se resume ao princípio consagrado em tratados ou cartas universais. Estamos perante um valor em que se acredita ou não. Um valor que deve condicionar atitudes, decisões e comportamentos.

Também não é um princípio transitório que se pode esquecer passado um ano de reflexão. Podemos até eliminar barreiras e alterar a legislação, mas enquanto não abandonarmos os preconceitos, as desconfianças ou falsas generalizações dificilmente aceitaremos as diferenças, ou ajudaremos a sociedade a reconhecer e a aprovar medidas que favoreçam a igualdade de acesso e de oportunidades.

A igualdade começa na forma como olhamos os outros, em particular, aqueles que são diferentes ou se quisermos, aqueles que são menos iguais. Aprende-se, educa-se. Tal como qualquer outro valor, é inspirador de comportamentos e deve enformar o modo como se educam os mais novos, ensinando-os a distinguir sem hierarquizar; a reconhecer limitações sem discriminar, promovendo a tolerância, o acolhimento e a cooperação.  

Viver a igualdade é utopia, não por ser inacessível, mas por ser uma construção permanente, um desafio que desinstala e desassossega.

Mas, apesar de utópico, há um caminho para chegar à igualdade: reconhecer e aprender a descobrir a riqueza da diferença.

(publicado no Açoriano Oriental no dia 17 de Dezembro 2007)

Ruídos

A arte das relações humanas é sem dúvida a arte do saber dialogar, da delicadeza e sobretudo da empatia, conceito com o qual nem todos concordam mas que encerra em si uma ideia de base, fundamental para a boa convivência: saber se colocar na “pele do outro” ou pelo menos estar disposto a ouvir e a aprender com os pontos de vistas, as opiniões e a experiência daqueles com quem interagimos.

A arte das relações é sem dúvida a arte de comunicar. E uma comunicação eficaz que coloca os interlocutores em sintonia tem de evitar, tanto quanto possível, os ruídos.

O ruído representa para a Psicologia, as interferências ou dificuldades que afectam a qualidade da comunicação. Apesar do termo lembrar o barulho que não é melodia e incomoda, na realidade, numa comunicação humana, ruídos podem ser muitos outros factores e não apenas os barulhos que impedem as pessoas de se entenderem.

Ruídos podem ser as palavras “caras” de um médico que, sem considerar a idade, o nível sóciocultural ou até o estado emocional do seu doente, explica-lhe a sua situação. E, o doente, por vergonha, sem nada entender, acena que “sim “ com a cabeça a tudo o que o doutor diz.

Ruídos são olhares que se desviam ou posições de desinteresse que se adoptam, enquanto o outro fala do que pensa, expõe uma situação ou desabafa um problema.

Ruídos fazem os discursos ou as conversas descontextualizadas, que não têm em conta a realidade do outro, as suas preocupações e parecem apenas servir a quem as diz. “No meu caso eu fiz, eu era, eu tinha”, como se a solução pessoal fosse aplicável aos outros. São monólogos e não conversas que revelam um desconhecimento ou desinteresse da realidade vivida pelos outros. São discursos requentados que não trazem nada de novo, mas enchem o ego de quem os profere.

Quantos problemas não se resolveriam se a comunicação entre as pessoas fosse de qualidade. Quantos mal entendidos não seriam evitados se cada um procurasse estar atento ao outro enquanto fala, enquanto escreve ou toma uma decisão que afecta a vida de outrem.

É certo que nem todos os ruídos são controláveis. Há ocasiões onde o simples facto de alguém estar cansado e não o conseguir evitar, transmite uma imagem contrária ao discurso de optimismo que tenta proferir.

Mas seria muito mais fácil se não se gastasse tanto tempo a desfazer os mal-entendidos, se não fosse necessário responder àquela frase: “eu pensava que o que você queria era…”. “Mas chegou a perguntar o que eu queria?

Talvez fosse bom começar por aí. Em tempo de Natal, em que muitos se afadigam a procurar agradar os outros com prendas, talvez não fosse má ideia começar por ver se os conhecem. Quem sabe, bastará perguntar “afinal de que é que tu realmente gostas? O que é que te dá prazer? Ou melhor, quem és tu? Porque neste Natal eu gostaria de “acertar” na prenda e ajudar-te a sentir aquela felicidade dos mais pequeninos em noite de consoada: oh mãe era mesmo isso que eu queria. Como é que adivinhaste!?”

(Publicado no  Açoriano Oriental, 10 de Dezembro 2007)

A tentação de comprar

Em tempo de Natal é forte a preocupação com as compras, que se querem “boas”, “baratas” e “úteis”. Tarefa difícil, quando se quer limitar os gastos em tempos de aperto, como se o tempo de fartura alguma vez tivesse acontecido. O que havia, isso sim era uma menor oferta e uma menor possibilidade de escolha.

Longe vão os tempos em que no Natal era a época em que se renovava o guarda-roupa e as prendas cabiam num sapato ou numa meia. Hoje as ofertas querem-se grandes, caras e vistosas. As bonecas já não são vestidas pelas mães, que costuravam as roupinhas de acordo com a moda; vêm embaladas em caixas enormes, têm nome e interagem com a criança. Parecem recém-nascidos ou então crianças em idade das primeiras palavras, e até trazem incorporado um sistema que lhes permite dizer “mamã, gosto de ti”. Diga-se a propósito que estes bonecos falantes não dizem papá! Quem inventou o tal mecanismo de voz, por ventura achou que ninguém iria oferecer um tal brinquedo aos rapazes ou que estes nunca iriam brincar, aos pais e às mães, com as suas irmãs ou com as suas colegas.

Ao lado das bonecas, surge a prateleira dedicada aos rapazes, onde abundam os carros de combate, os bonecos de “wrestling” que a televisão promove, e outros brinquedos mecânicos, induzindo a ideia de que a capacidade de lutar e a arte de construir são atributos masculinos.

Não é fácil comprar brinquedos quando se pretende estimular diferentes capacidades nas crianças. Como contornar a velha divisão entre rapazes e raparigas, que põe de um lado o desporto e do outro o cuidado aos bebés, de um lado o carro e do outro o trem de cozinha?

Comprar, comprar, mesmo quando não se pode.

Enquanto são pequeninos, sempre se pode dizer: escreve ao Pai Natal que ele logo verá se pode ou não comprar. Mas quando se é crescido não é fácil dizer “não” perante tantas possibilidades de compra, sobretudo nas grandes superfícies comerciais.

Experimentam-se roupas, que não se podem comprar, calçam-se sapatos que não se vai chegar a usar, vive-se a fantasia de ter dentro dum provador e sonha-se com novas indumentárias, enquanto dura o passeio por entre expositores carregados de roupas brilhantes e se desfazem pilhas de roupa ordenadas por cores. Como não comprar aquela blusa “tão diferente”, que dezenas de pessoas transformarão em igual?

Uma reportagem recentemente publicada neste jornal aborda a pequena criminalidade que as grandes superfícies estimulam. Ao que consta, há mais casos de roubos por corte de alarmes, sobretudo feitos por adolescentes que não conseguem controlar a tentação de ter. Em alguns casos, apanhados em flagrante, e depois de chamados os pais para pagarem os danos, conclui-se que até vivem em famílias com algum poder de compra.

Então se não é o dinheiro que lhes falta, porque motivo se apropriam indevidamente destes bens? Faltam sentido de responsabilidade e capacidade para definir prioridades; faltam princípios que orientem as escolhas entre o que devem ou não fazer, entre o que está certo ou errado. E isso, não se compra, ensina-se, tarefa que cabe prioritariamente à família.

Apesar de nas ruas se ouvir cantar as mensagens de Natal,  que exaltam a paz e a simplicidade, tudo à volta são enfeites, são convites ao consumo e até apelos ao excesso, fazendo esquecer o sentido da festa que estamos a preparar.

Afinal porque se festeja o Natal?

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