Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

SentirAilha

Viva! Este é um espaço de encontro, interconhecimento e partilha. Sentir a ilha que cada um é, no mar de liberdade que todos une e separa... Piedade Lalanda

SentirAilha

Viva! Este é um espaço de encontro, interconhecimento e partilha. Sentir a ilha que cada um é, no mar de liberdade que todos une e separa... Piedade Lalanda

Sabia que há eleições regionais a 19 de Outubro?

Por estranho que pareça, há quem ainda não se tenha apercebido que no próximo dia 19 de Outubro o povo açoriano irá eleger um novo parlamento, desta vez, segundo os termos da lei eleitoral revista em 2007, que inclui o círculo regional. Estamos a menos de um mês das eleições regionais que, pela primeira vez, envolvem apenas a Região Autónoma dos Açores, uma vez que na Madeira, a oitava legislatura foi interrompida a meio do mandato.

Um acto eleitoral é sempre um convite à participação cívica, manifestação do poder que em democracia é de todos; expressão do apoio que cada um dá aos candidatos apresentados pelos partidos políticos; gesto de aprovação das linhas orientadoras que estruturam as diferentes candidaturas e programas eleitorais.

Negar a si mesmo a oportunidade de votar é demitir-se da sua responsabilidade; é calar a sua voz, mesmo que alguns pensem que um voto é muito pouco. Esquecem-se dos portugueses que foram perseguidos e até presos, antes do 25 de Abril, por lutarem por esse direito e das mulheres a quem foi negado o direito de voto durante décadas. Votar é um privilégio de cidadãos livres que apela à consciência de cada um. É um dever cívico, mesmo que isso não implique penalizações, quando não cumprido. Todos os eleitores são importantes, porque é a vontade de cada um e do colectivo que se manifesta num acto eleitoral. É habitual dizer-se, “por um voto se ganha, por um se perde”.

As eleições de 19 de Outubro são um momento político importante para o desenvolvimento dos Açores nos próximos quatro anos, desde logo porque os açorianos são convidados a escolher quem querem para chefe do governo.

Até 19 do próximo mês, os candidatos desdobram-se em acções de campanha, conversam nas ruas com os residentes, participam em comícios ou em eventos com cobertura mediática. Apesar de alguns dizerem, “só vemos os partidos nas ruas de quatro em quatro anos”, a campanha eleitoral é sempre uma oportunidade para as populações conhecerem de perto as pessoas que integram as listas de candidatos e assim votarem não apenas num símbolo, mas em quem julgam melhor representar os seus interesses no parlamento e no governo que dele emanar.

Em tempo de campanha, no meio de brindes e panfletos e ao som de hinos e músicas de campanha, o mais importante é passar uma mensagem de confiança, que não sejam só promessas, mas a demonstração de capacidade e vontade de trabalhar e servir.

Eleições, tempo de argumentação contraditória, em que se buscam fragilidades no adversário, para reforçar posições. Lugar à controvérsia, mas também lugar ao esclarecimento. Por muito que se disfarce, em tempo de campanha eleitoral, a verdade das pessoas vem ao de cima, “como o azeite” e, num confronto saudável, emergem linhas de pensamento e acção, formas de fazer política. Entre candidaturas que se opõem, destacam-se os valores, princípios e as posições de quem aceitou o desafio de participar num determinado projecto político.

Em tempo de campanha é importante escutar para melhor escolher.

Votar é um dever de cidadania, que ninguém deveria esquecer. Para os mais distraídos, talvez não fosse má ideia, registar um lembrete na agenda ou no telemóvel, porque o próximo dia 19 de Outubro é dia de eleições.

(publicado no Açoriano Oriental de 29 Setembro 2008)

Ousar vencer o comodismo

Em tempo pré-eleitoral, há quem se apresse a construir frases de campanha potenciando o descontentamento, como é bem visível em alguns cartazes eleitorais, que “desanimam” um pouco por todo o lado.

É fácil, demasiado fácil, apontar o dedo aos outros e criticar as suas acções, sobretudo quando quem o faz se põe de plateia, espreitando por entre as persianas; espalhando rumores, como se nada do que se passa ao seu redor pudesse ser da sua responsabilidade.

Fala-se mal do Rendimento Social de Inserção, com a ligeireza de quem não conhece todas as vidas, para não falar dos critérios, de quem dele beneficia. Até parece que o tempo do assistencialismo e da mendicidade, da qual dependiam muitas dessas famílias no passado, sobretudo crianças, fosse de louvar e representasse o sistema ideal para as ajudar. Afinal quem dava também se sentia bem consigo próprio, mesmo sabendo que isso em nada alterava a condição social de quem recebia.

Ouvem-se vozes que reclamam porque estão a pagar a sua casa ao banco, têm despesas com os filhos na escola, trabalham oito ou mais horas por dia e, não muito longe da sua casa, uma vivenda bonita de persianas brancas, vive uma família beneficiária do RSI. Têm seis filhos, todos com menos de oito anos, numa casa a precisar de reparações, com três assoalhadas. O marido, vítima de um acidente de trabalho, faz uns biscates de electricidade, sua profissão de outrora, e a mulher dá uns dias por semana em limpezas. Cuidar das seis crianças ocupa-lhe demasiado tempo. Afinal, o rendimento é apenas uma ajuda, o suficiente para que possam pagar as despesas mensais.

“Não são todos”, dirão as vozes críticas da medida. “Pois, nunca são todos!” Aliás, quando o Estado proporciona medidas de apoio, há sempre quem abuse, quem desrespeite os seus princípios. Basta lembrar o que acontece com os atestados médicos, que há quem utilize para alargar o período de férias ou de descanso, enquanto outros, realmente doentes, não faltam às suas obrigações laborais.

Apesar da justiça social que a introdução do Rendimento Mínimo permitiu, desde logo porque reduziu muitas situações de mendicidade e de exploração infantil, há sempre quem pareça não valorizar a sua condição de cidadão pagador, esforçado, com capacidade para investir na formação dos filhos. “Afinal, eu trabalho!” E depois? Será que preferia estar na condição de ter de beneficiar de uma medida de apoio social? Não será que devemos todos construir uma sociedade de pessoas activas, empenhadas? Como queremos libertar os mais carenciados se promovemos a cultura do “só se me derem”? Onde está o espírito empreendedor que pode contagiar os que desistiram de lutar e desconhecem o valor do esforço?

O importante é que aqueles que podem e sabem não baixem os braços, mas dêem exemplo, apostando na educação, mostrando profissionalismo no emprego, contribuindo para uma sociedade melhor do ponto de vista ambiental, sendo solidários em acções de voluntariado, que mais não seja no clube desportivo da sua terra.

Os críticos das medidas sociais, como o RSI, que apenas apontam o dedo, esquecem-se que, ao mesmo tempo, têm outros quatro dedos apontando para si mesmos. É preciso acreditar na mudança e viver com espírito de serviço se queremos realmente melhorar a sociedade.

(publicado no Açoriano Oriental a 22 de Setembro 2008)

Agarrar a oportunidade

Viver implica fazer planos, ter ambições, sonhar.

Se, por um lado, o quotidiano exige uma resposta imediata face às necessidades que afligem o dia-a-dia de cada um e de cada família, por outro, sem ambições, sem planos de futuro, a vida transforma-se numa rotina sem sabor, numa cadência monótona.

Planear e projectar é por isso uma exigência de quem quer mais, de quem sonha em mudar ou chegar mais além. Mas nem sempre os planos se concretizam, por ventura por estarem mal equacionados, sobredimensionados; por não terem em conta os recursos e as competências que sabemos ter ou que gostaríamos de desenvolver.

Os sonhos são sempre horizontes de referência, linhas sem fim que nos motivam a sair da margem e enfrentar as ondas, o mar alto. Mas é essa atitude o que mais conta. É possível que não se consiga realizar todos os planos que se delineiam ou concretizar os sonhos de infância que se alimentam. Mas, quando existe disponibilidade para novas experiências, para aceitar pequenos ou grandes desafios, para mudar rotinas ou alterar procedimentos, a vida surpreende quando menos se espera; as oportunidades acontecem.

Uma oportunidade não é um bilhete de lotaria, mas um tempo em que as circunstâncias são favoráveis num determinado sentido, como diriam alguns, os astros parecem estar a favor ou na opinião de outros, Deus fala-nos através dos acontecimentos e das pessoas. É um momento, uma fracção de tempo, onde se pode ler um convite ou em que um novo desafio é proposto! Se tu quiseres podes viver esta experiência nova! Agarra, aproveita, vai em frente! Entraste na universidade, conseguiste um emprego longe de casa, convidaram-te para fazeres um trabalho, apresentar um projecto, mostrar uma competência, não hesites.

As oportunidades são sempre momentos fugazes que exigem determinação, atitudes positivas, coragem e, sobretudo, só os entende quem está atento à vida que passa e interpreta essas ocasiões como convites à mudança.

A vida também se constrói de forma que parece aleatória, não pensada, mas que, no fundo, acaba por ser a concretização do tal projecto, do plano que não foi pelo próprio pensado, mas que faz parte da “missão” que cada um, sem se dar conta concretiza neste mundo. Agarra a oportunidade!

Hoje, muitos jovens ficaram a saber se têm ou não vaga numa universidade, escola superior ou instituto politécnico. Por ventura não ficaram na sua primeira escolha, mas desistir dessa oportunidade é por ventura virar a cara à vida, desaproveitar um tempo.

A oportunidade coloca o ser humano na ponta da prancha de saltos, é agora ou nunca, é fechar os olhos e lançar-se, porque voltar para trás é desistir e, quem sabe, perder a coragem para tentar de novo.

A oportunidade é o momento, o agora em que te lanças fora do ninho e voas pela primeira vez, primeiro a medo para depois aguentares o vento que te sopra de feição e te leva até subires acima das nuvens, qual Fernão Capelo Gaivota, livre, forte, sentindo na alma a certeza do próprio querer! Eu sou capaz, eu consigo porque eu quero, porque acredito.

Vai, não olhes para trás, voa!

(publicado no Açoriano Oriental a 15 Setembro 2008)

O primeiro dia de escola

Esta semana milhares de crianças e jovens têm de acordar mais cedo, depois de três meses de descanso prolongado, dias sem conta de brincadeira e, por ventura, tempos ilimitados a ver televisão e a jogar no computador.

O primeiro dia de escola é sempre um dia especial. O reencontro com os colegas do ano anterior ou o conhecimento de outros alarga o universo das relações das crianças e dos jovens. Os pais sempre importantes, fonte de afecto e de segurança, referência da família e da casa, são temporariamente afastados, para dar lugar ao grupo de pares e à relação com os professores.

Primeiro dia de aulas é dia de praxes, ritual que confere aos veteranos um pequeno poder, transitório e simbólico, de quem é uns anos mais velho e já conhece os cantos da escola. À semelhança de outros rituais de iniciação as praxes permitem aos caloiros vivenciar a fronteira entre etapas, entre idades. São sempre momentos de confronto com a capacidade de resistência, mas que podem ser ultrapassados quando se leva tudo na brincadeira. Sem ofender a dignidade ou faltar ao respeito pelo outro, o ritual de entrada numa nova escola deve ser apenas e só uma marca de transição. Há pais que numa atitude supostamente protectora, acompanham os filhos à escola na esperança de poder evitar que os filhos sejam “praxados”, entrando num mundo que não lhes pertence, contribuindo assim para que não cresçam, e não sintam essa transição como momento importante da sua própria historia de vida.

Não é fácil deixar um filhote voar livremente!

Para muitos pais, o primeiro dia da escola dos filhos é também um momento marcante e não raras vezes são eles quem fica com a lágrima no olho, quando o filho ou a filha entram pela primeira vez na creche ou no Jardim-de-infância.

O primeiro dia de escola é sem dúvida uma marca que define as relações entre pais e filhos e representa, em muitos casos, um acontecimento importante no processo de autonomia que define o crescimento. Os filhos não podem viver eternamente debaixo da asa dos pais e a escola é, sem dúvida, o mundo onde mais rapidamente as crianças e os jovens aprendem a definir o seu próprio espaço, por contraponto à família.

Aos pais cabe a tarefa de incentivar o gosto por aprender e o dever de valorizar o lugar da escola na formação pessoal da criança e do jovem, não apenas porque sem estudos mais tarde terão dificuldades em encontrar emprego, mas porque o saber é poder e o conhecimento é fundamental para o entendimento.

Não basta dizer que a escola é obrigatória, é fundamental educar no sentido de uma escola necessária. Porque é necessário saber e fundamental alimentar a curiosidade.

Longe vão os tempos em que o Estado dispensava crianças dos estudos, votando-as à condição de analfabetos e limitando os seus horizontes e a sua ambição de ser. Longe vai o tempo em que o Estado calava as perguntas e fomentava os espíritos remediados e as fracas ambições.

Actualmente, numa sociedade que se diz do conhecimento, ser livre significa poder questionar e saber é ser capaz de responder.

(publicado no Açoriano Oriental de 8 de Setembro 2008)

Um negro para Presidente

É impressionante como as notícias e os comentários sobre as eleições nos Estados Unidos não evitem falar da candidatura de um homem, Barak Obama, como sendo a de um negro, um herdeiro de Martin Luther King, um lutador contra o racismo e a discriminação.

Quando julgamos estar morto o fantasma da escravatura, quando se pensa que a igualdade é um valor e um direito assumido e legislado em todos os países ocidentais, o facto de um candidato a Presidente dos Estados Unidos possuir um traço racial, que só apelidamos de diferente, porque durante anos foi espezinhado e objecto de humilhação, faz correr tinta e exige, do próprio, provas acrescidas da sua capacidade.

Será que a mesma pessoa, sob uma outra roupagem de pele exigiria tantas explicações e justificações? Ou será que o mundo precisa de ser abalado nas suas convicções nem sempre vividas? Somos todos muito democratas, muito tolerantes, muito justos, mas … Mas, é preciso ter certezas e as aparências também contam!

Basta ler os comentários de americanos que se sentem chocados perante a ideia de ter uma primeira-dama negra, mesmo que o seu discurso e a sua formação seja superior ao de muitas mulheres de presidentes anteriores. Ou então as reacções de alguns membros da comunidade negra que consideram que o candidato não é um “negro puro”, por ser filho de uma mulher branca.

Barak Obama talvez seja o que os Estados Unidos e de algum modo o mundo ocidental precisam neste momento. Mais do que um Democrata, o seu discurso é portador de uma mensagem que apela aos valores da justiça, da coerência, do respeito pelos direitos dos mais fracos.

A América das armas que defendem os interesses económicos a pretexto de quererem libertar os povos oprimidos está perdendo importância. Os jovens já não vêem sentido em morrer pelo petróleo, e dificilmente conseguem defender a pátria americana morrendo no Iraque ou no Afeganistão.

Barak Obama talvez seja o político que os americanos precisam para acordarem para as questões do ambiente; para se deixarem de falsos moralismos e reconhecerem os problemas sociais que afectam os jovens, as mulheres, os desempregados sem acesso aos cuidados de saúde. Não é por acaso que a campanha eleitoral de Obama utiliza como slogans de campanha, acreditar no sonho, na mudança e ter esperança. Os Estados Unidos precisam de acreditar que é possível e isso cativa o eleitorado jovem, carente de olhar o futuro de outro modo.

Não faz sentido que, no século XXI, o facto de se ser mulher ou negro sejam razões para uma demonstração acrescida de competência. A igualdade não se demonstra, aceita-se, vive-se e acredita-se, ou não, que é possível. O mundo de hoje é global, as sociedades são cada vez mais multiculturais e a mobilidade está cada vez mais facilitada. Não há lugar para a segregação racial, a exclusão das minorias étnicas ou a descriminação das mulheres.

A candidatura de Barak Obama é certamente um sinal de esperança e, quem sabe, a sua eleição irá contribuir para a concretização do sonho que custou a vida a Martin Luther King.

Mais sobre mim

imagem de perfil

Visitantes

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D